Considerações finais

Este é um texto para juristas, notadamente os magistrados, mas não é sobre leis. É um texto que propõe aos magistrados pensarem (pensamento estratégico) seu futuro, e notadamente sua atividade,  com a tecnologia.  Teleologicamente, o texto provoca os magistrados para participarem ativamente do  planejamento do futuro da prestação jurisdicional que as tecnologias digitais permitem construir – uma prestação jurisdicional mais célere, aperfeiçoada e justa.   O Direito, só o Direito, já não pode responder de forma adequada aos grandes anseios de justiça e equidade das complexas sociedades democráticas atuais.


O juiz, com o uso das tecnologias da informação, poderá, no futuro,  valer-se de um processo automatizado e inteligente, um ciberprocesso.  Um Sepaj, a ferramenta necessária para a tramitação de um ciberprocesso,  merecerá idêntico qualificativo – sistema cibernético de processamento de açoes - quando (i) tiver alcançado a máxima automação, (ii) for alimentado precipuamente por dados automaticamente processáveis, (iii) estiver conectado e interativo com os demais sistemas virtuais do ciberespaço e, principalmente, (iv) for robustamente inteligente para apoiar o magistrado no ato culminante do processo: o ato decisório.